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Introdução

É uma doença do comportamento alimentar caracterizada pela ingestão descontrolada de uma quantidade anormalmente grande de alimentos num curto período, seguido de comportamentos compensatórios, como a provocação do vómito, o abuso de laxantes ou o exercício excessivo.

Frequência

A prevalência estimada de distúrbios alimentares em adolescentes é de aproximadamente 13%, sendo que a bulimia representa 0,8-2,6%.

Causa

Não há nenhuma causa concreta conhecida para a bulimia. Sabe-se que está frequentemente associada a outros distúrbios psiquiátricos como as perturbações obsessivas compulsivas, as fobias e os distúrbios da personalidade.

Sinais e sintomas

Os adolescentes podem expressar comentários acerca de se sentirem “gordos” ou não gostarem da sua imagem corporal.

É frequente organizarem horários complexos para acomodar os episódios de ingestão descontrolada de alimentos e de provação de vómitos, frequentemente acompanhados de muitas idas à casa de banho. Antes ou depois destes períodos em que comem descontroladamente podem existir períodos em que comem muito pouco.

Além de induzir os vómitos, podem recorrer também ao exercício físico excessivo ou ao uso de laxantes ou de diuréticos, na tentativa de controlarem o peso.

Quando recorrem aos laxantes com muita frequência, podem surgir hemorróidas.

Além destes fatores, o adolescente pode expressar sentimentos de vergonha por não conseguir manter um peso baixo apesar das suas tentativas.

Um sinal bastante sugestivo da provocação frequente do vómito pode ser a existência de cicatrizes ou calosidades no dorso da mão, ou erosões na superfície posterior dos dentes.

O que fazer

Se for notado no adolescente pelos pais ou cuidadores algum dos sintomas referidos anteriormente ou uma preocupação excessiva com a imagem corporal ou o aumento do peso, o adolescente deve ser observado por um médico.

Em consulta, o médico pesará e medirá o adolescente e efectuará o respectivo exame físico.

Para perceber a gravidade da situação poderá ser necessário realizar análises ao sangue, à urina e outros tipos de exames.

Tratamento

Médicos especialistas em transtornos alimentares, geralmente com formação nas áreas da psiquiatria, gastroenterologia ou medicina do adolescente, devem estar idealmente envolvidos no seguimento e orientação destes doentes mas podem não estar disponíveis em alguns locais.

O apoio de um nutricionista pode ser proveitoso, no sentido de ajudar a seleccionar os alimentos mais nutritivos e ricos em calorias.

No entanto, o tipo e o local de tratamento devem ser individualizados com base na gravidade dos sintomas, no curso da doença, na presença de outras doenças, na disponibilidade de apoio familiar e na motivação do doente para o tratamento.

Médicos especialistas em transtornos alimentares, geralmente com formação nas áreas da psiquiatria, gastroenterologia ou medicina do adolescente, devem estar idealmente envolvidos no seguimento e orientação destes doentes mas podem não estar disponíveis em alguns locais. O apoio de um nutricionista pode ser proveitoso, no sentido de ajudar a seleccionar os alimentos mais nutritivos e ricos em calorias.

No entanto, o tipo e o local de tratamento devem ser individualizados com base na gravidade dos sintomas, no curso da doença, na presença de outras doenças, na disponibilidade de apoio familiar e na motivação do doente para o tratamento.

Nos doentes em que é possível o tratamento em casa:

  • Aconselhamento nutricional:

Os objetivos são a ingestão de alimentos saudáveis e a recuperação da energia necessária para o adolescente retomar as atividades diárias. Os menus diários devem incluir três refeições completas e um cronograma estruturado de lanches que deve ser monitorizado por um adulto.

  • Psicoterapia:

É a fundação para um tratamento bem sucedido. O objetivo é alterar a forma distorcida como o adolescente vê o seu corpo e os hábitos alimentares pouco saudáveis que possa ter, assim como o retorno do adolescente às atividades sociais e físicas completas. Vários estudos mostram que a terapia cognitivo-comportamental e interpessoal parece ter bons resultados no tratamento da bulimia.

  • Uso de medicamentos:

Nos casos em que não há resposta à psicoterapia ou nos doentes com sintomas depressivos, podem ser utilizados medicamentos como os anti-depressivos, que parecem ter algum efeito na diminuição dos comportamentos de ingestão descontrolada.

Quando necessário, o tratamento pode ter que ser realizado em internamento:

Nos casos graves pode existir necessidade de recorrer ao internamento para a recuperação inicial do adolescente.

Evolução / Prognóstico

Até 80% dos doentes conseguem recuperar com o tratamento apropriado. No entanto, a taxa de recidiva é de cerca de 20%, o que representa um desafio.

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