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Introdução

História da vacinação

Eduard Jenner é geralmente creditado com a descoberta da vacinação como um procedimento para prevenir as doenças infecciosas. No entanto, há registos mais antigos de inoculação com o mesmo objectivo, praticados na China (séc. XVI) e na Turquia (séc. XVII).

Enquanto a população sofria com a varíola, Jenner notou que as leiteiras pareciam geralmente imunes à doença, pelo que pensou que as “bolhas” (cowpox, uma doença que semelhante mas menos virulenta) que as leiteiras apresentavam, fruto do contacto com as vacas, as protegiam da varíola.

Jenner testou a sua teoria inoculando um menino de oito anos em ambos os braços com pus recolhido das mãos de uma leiteira. O menino desenvolveu febre, mas nenhuma infecção completa. Posteriormente o menino foi inoculado com material de um doente com varíola, mas não desenvolveu a doença.

Desde então, vários cientistas, como Pasteur e Hilleman entre outros, desenvolveram este conceito, sendo que este último descobriu oito das vacinas ainda hoje usadas nos nossos no nosso esquema de vacinações, como o sarampo, a papeira as hepatites A e B, a varicela, a meningite, a pneumonia e o hemophilus. Resultante desse trabalho pioneiro resultou a erradicação mundial da varíola, cujo último diagnóstico foi feito em 1977, na Somália.

Conceitos básicos de imunidade

A imunidade é definida como a capacidade do corpo humano para reconhecer e tolerar o seu próprio material (“eu”), e para rejeitar e eliminar o material estranho (“não-eu”). Uma vez que a maioria do material estranho (como os vírus e as bactérias) é identificado como “não-eu”, essa capacidade determina que esse material estranho seja atacado precocemente, resultando uma protecção contra as doenças infecciosas.

Em termos simples, o processo inicia-se pela detecção de material estranho (“não-eu”), chamado antigénio, que é uma substância capaz de provocar uma reacção de rejeição chamada resposta imunitária do organismo. Dessa resposta resulta a produção de moléculas (substâncias) compostas por proteínas pelos linfócitos (um tipo de glóbulos brancos) chamadas anticorpos ou imunoglobulinas, ou de uns tipos de células específicas, que juntam esforços para neutralizar e eliminar os agentes estranhos (“não-eu”).

A imunidade pode ser adquirida de forma activa ou passiva: a imunidade activa resulta do esforço do próprio organismo, e é geralmente permanente; a imunidade passiva consiste na protecção transmitida por outro ser vivo, sendo geralmente temporária.

Aquisição de imunidade

Adquire-se imunidade activa sobrevivendo a uma infecção produzida pelo causador da doença: a imunidade fica na “memória do organismo” (chamada imunidade imunológica) e quando existe novo contacto com o agente estranho, o organismo começa a produzir rapidamente material (anticorpos) para combater a nova infecção, assegurando assim a protecção.

TIPOS DISPONÍVEIS DE VACINAS

Existem dois tipos básicos de vacinas: vivas atenuadas, e inactivadas.

As vacinas vivas atenuadas resultam da modificação (em laboratório) de vírus ou bactérias que produzem doenças; estes mantêm assim a capacidade de produzir antigénios, determinando a produção reaccional rápida de anticorpos, de que resulta capacidade de defesa do organismo imunidade), bloqueando ao aparecimento da doença.

As vacinas inactivadas podem ser compostas por vírus ou bactérias inteiros, ou por fracção de ambas.

EFICIÊNCIA E EFICÁCIA DA VACINAÇÃO

A eficiência da vacina é definida como a redução do aparecimento de uma doença das pessoas vacinadas, comparada com aparecimento da doença, nas mesmas circunstâncias, em pessoas não vacinadas.

A eficiência de uma vacina define uma visão actual da forma como a vacina reduz o aparecimento da doença numa determinada população

Tratamento

A imunização é, sem dúvida, uma das formas mais seguras e eficazes para prevenir o aparecimento de doenças. Apesar disso, um número considerável de pessoas resiste a vacinar os seus filhos, ou as pessoas a seu cargo (idosos, populações em risco).

Taxas mais baixas de vacinação infantil colocam as crianças não vacinadas em risco, e reduzem a imunidade do grupo, de que resulta o potencial ressurgimento de doenças preveníveis por vacinação.

A hesitação em vacinar crianças pode resultar:

  • Falta de consciência da gravidade e epidemiologia das doenças evitáveis por vacinação.
  • Medo de eventos adversos da vacinação;
  • Falta de informação ou conflito  sobre a vacinação;
  • Proliferação de fontes que criam desconfiança no aconselhamento médico, geralmente constituídas por praticantes de medicinas alternativas ou grupos anti-vacinação.

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