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Introdução

Definição

Se foi diagnosticada à sua criança pneumonia, e mantiver febre ou dificuldade respiratória apesar da medicação, apresentar-se muito sonolenta, pouco reactiva, pálida ou com lábios azulados, deve ser reobservada por um médico, uma vez que pode tratar-se de uma pneumonia complicada, que pode ter consequências muito graves. As crianças mais pequenas ou com doenças crónicas têm maior risco de ter pneumonias complicadas.

Frequência

Cerca de 10 a 40% dos doentes em idade pediátrica com o diagnóstico de pneumonia adquirida na comunidade necessitam de internamento hospitalar e, destes 7% apresentam complicações.

Causa

A pneumonia pode ter dois tipos de complicações. Complicações sistémicas (gerais): infecção generalizada (sépsis), incapacidade em efectuar as trocas gasosas (insuficiência respiratória), infecção com alterações da coagulação (coagulação intravascular disseminada, trombocitose).

Complicações pulmonares: pneumonia persistente, acumulação de líquido na pleura (derrame pleural simples ou purulento), formação de abcesso pulmonar, destruição de parte do pulmão (pneumonia necrotizante)

Sinais e sintomas

A pneumonia complicada pode apresentar sintomas como: febre prolongada, dificuldade respiratória, dificuldade respiratória, dor torácica, sensação geral de doença grave, dor abdominal, torácica ou do ombro, expectoração sanguinolenta, diminuição franca do apetite, desidratação. As crianças com idade inferior a 6 meses, com diminuição das defesas (por doença crónica ou outra circunstância anterior), não vacinadas ou que tenham estado recentemente hospitalizadas, têm maior risco de pneumonia complicada.

O que fazer

Os pais devem estar atentos aos sinais de agravamento referidos, cumprir os tratamentos e atitudes recomendadas, e procurar cuidados médicos se notarem agravamento ou ausência de resposta aos antibióticos ao fim de 2 a 3 dias.

Tratamento

A maioria das pneumonias complicadas necessita de internamento hospitalar. No caso de infecção generalizada, com insuficiência respiratória ou com problemas importantes de coagulação, é provável que haja necessidade de internamento em Unidade de Cuidados Intensivos, intubação e suporte ventilatório.

Nos casos de pneumonia persistente ou abcesso, é habitual que o tratamento com antibióticos seja prolongado. A presença de líquido ou pús na pleura obriga a que o mesmo seja retirado através da introdução de um pequeno tubo de borracha entre as costelas (dreno), que permanecerá por alguns dias. É habitualmente necessária a monitorização do ritmo cardíaco e da saturação de oxigénio, a administração de soros e medicamentos pela veia, oxigénio suplementar, bem como a realização de diversos exames radiográficos (radiografia do tórax, TAC, etc.) bem como análises ao sangue e líquido pleural.

Evolução / Prognóstico

A evolução das pneumonias complicadas em crianças é lenta mas habitualmente favorável. É comum ser necessário internamento prolongado, por algumas semanas, devendo ser reavaliadas em consulta com radiografias de tórax ao fim de 4 a 6 semanas. A pneumonia complicada raramente deixa sequelas permanentes. Podem ser necessários exames complementares mais diferenciados, a fim de diagnosticar doenças acompanhantes ou predisponentes.

Prevenção / Recomendações

É pouco provável que uma criança com pneumonia complicada transmita a doença a outras pessoas. A lavagem das mãos e uso de máscara pelos familiares pode ser recomendada. Para a prevenção da pneumonia é importante que as crianças cumpram o calendário vacinal, não contactem com o fumo de tabaco e se o médico assistente sugerir, vacinas extra programa (como por exemplo vacina da gripe).

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