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Introdução

Os métodos diagnósticos em Medicina Nuclear utilizam substâncias radioactivas com o objetivo de visualizar ao vivo processos que ocorrem nos tecidos e células do organismo. De facto, a obtenção de imagens de elevada qualidade é possível mesmo em presença de concentrações muito pequenas de dada substância, sem interferir com os fenómenos a estudar e antes que existam alterações visíveis por outros métodos de imagem.

A PET é um tipo de exame de Medicina Nuclear que tem demonstrado óptima eficácia no estudo de vários linfomas. Os resultados dos exames PET influenciam diretamente as decisões tomadas pelos médicos numa percentagem significativa dos casos (> 20%).

À medida que os tratamentos dos linfomas se tornam cada vez mais individualizados para cada doente, a PET utilizando um radiofármaco designado por 18F-FDG (substância parecida com a glicose, um açúcar presente no sangue) ou com outros produtos, além da correta apreciação dos órgãos e locais envolvidos pela doença, tem um papel importante na sua caracterização, na escolha do tratamento mais apropriado, no planeamento da radioterapia e na avaliação em tempo real da resposta aos tratamentos.

Tipos de procedimentos / principais indicações clínicas

Exames

Cintigrafia com 67Ga-citrato: No passado, este foi o exame de Medicina Nuclear mais utilizado no estudo de linfomas. Apresenta piores resultados, maior custo e maior exposição à radiação que a PET com 18F-FDG.

PET/CT com 18F-FDG: A utilidade deste exame na avaliação de doentes com linfoma está bem estabelecida, sobretudo para os linfomas mais agressivos.

Os motivos mais frequentes para realização deste exame são:

  • Detecção e avaliação de locais envolvidos pelo linfoma;
  • Avaliação para planeamento de tratamentos de radioterapia;
  • Diferenciação entre recaídas/recidivas e alterações benignas;
  • Avaliação de resposta aos tratamentos: Os resultados dos exames PET podem levar o médico a optar por uma mudança para terapêuticas mais eficazes ou evitar que sejam considerados esquemas terapêuticos mais agressivos (quando há uma boa resposta aos tratamentos as lesões deixam de captar a 18F-FDG);
  • Seguimento a longo prazo: A PET/CT com 18F-FDG não é recomendada como estudo de rotina no seguimento a longo prazo.
Figura 1 - Exames PET/CT com 18F-FDG em criança do sexo masculino, com 8 anos de idade. A – Avaliação inicial:  linfoma com envolvimento ganglionar em vários órgãos. B – Avaliação de resposta após tratamento – sem alterações que possam sugerir persistência de linfoma, traduzindo resposta metabólica completa

PET/RM: A PET/RM ainda não está disponível em Portugal. Apresenta uma eficácia semelhante à da PET com 18F-FDG mas implica uma menor exposição a radiações.

Glossário

PET – tomografia por emissão de positrões, exame de Medicina Nuclear designado a partir do acrónimo inglês para “Positron Emission Tomography”
18F-FDG – fluorodesoxiglicose marcada com Flúor-18, radiofármaco constituído por um acúcar marcado com o Flúor-18
67Ga-citrato – solução de citrato de Gálio-67.
CT – tomografia computorizada, exame de imagem designado a partir do acrónimo inglês para “Computerized Tomography”, também conhecido por TAC
RM – Ressonância Magnética, exame de imagem designado a partir do acrónimo inglês para “Magnetic Resonance”, também conhecido por RMN

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